
A série Os dias estão todos ocupados se iniciou na pandemia. Entre agosto de 2020 e início de maio de 2021, fiquei sem casa, os pastéis aquareláveis e oleosos se tornaram a minha única companhia artística porque era possível seguir praticando o desenho apesar de todas as minhas limitações de espaço físico. Esse exercício se tornou também um meio para incorporar o erro com mais facilidade, desenhar com a mão livre, experimentar formas mais orgânicas e testar as interações entre as cores, em especial, as saturadas. Eu desenhava todos os dias e titulava os desenhos com o número do dia da pandemia. Essa fase me permitiu encarar minha pesquisa com os pastéis como um trabalho de pintura. Essa série questiona os padrões do que é considerado ocupar um dia produtivamente e reflete uma vontade por ter os dias (principalmente os pandêmicos) ocupados de forma mais colorida, livre e orgânica.




















































